Trilogia de cartas...



O TEMPO QUE NOS REGE É REGIDO
PELA  NOSSA ESPERA.


Seguimos em compassos as melodias criadas pelas horas, e a cada momento refazemos a nossa caminhada percorrendo nas incertezas e jogando os dados nos primeiros acordes. Impossível prever o que acontecera durantes essas tais horas futuras, acordamos e silenciamos nos vestimos e saímos, em ato rotineiro e sublime de fé e, sobretudo coragem de olhar adiante e correr contra a tudo e todos, pois, foi-nos ensinado que precisamos ser o primeiro, o primeiro na fila, fila infinita da espera, mas, mais esquecemos que não nos governamos e sabemos que somos marionetes a mercê da energia cósmica.
Necessitamos absorver o passado, esquecê-lo, nossa alma é guiada pela inteligência e deixamos que o corpo nos conduza para as aberturas ansiosas das descobertas e sutilezas intrínsecas da sabedoria, sabedoria singularmente autorizada e manifesta de horas curvadas nas leituras pluralistas, às horas nos aflige nos impõem medo e insegurança, tornamo-nos sonâmbulos e inquietos, muitos querendo se apropriar dos conhecimentos ocultos e da ciência, outros em viés se apropriam do prazer e satisfazem os desejos, ninguém sabe ao certo a que horas ocorrera a reviravolta mundana,  estamos embaixo de árvores protegendo-nos, usando as sombras para nos esconder dos erros escaldantes, entretanto, saímos quando queremos sermos vistos, olhados e comentados pretensiosamente, a seu tempo, a sua hora, a nossa maneira de enxergar a similitude e  percalços da alma em encontros  acidentais.
Velejamos em rotas desconhecidas, subimos e descemos, nadamos e corremos nos momentos de suprema esperança motivadoras, configuram-se as horas, passam-se as horas em ritmos frenéticos alucinantes, nos minutos que se seguem entre as fendas aos olhos do observador sobrepõem às horas imaginadas. Cria-se e cultiva-se dentro dos segundos certeiros os recitais, receitas de fé e credos, as apologias ao Ser pensante,  tudo se concretiza  em uma única função definida  onde os atalhos para se chegar a tempo  recalcitra a espera na hora regente.


Trilogia de Cartas escritas por:
Morgana Rosa

Livro: O Que é o Virtual?






O desafio deste livro é, portanto triplo:
Filosófico
Antropológico
Sócio-político

O Que é o Virtual?
Autor: Pierre LévY
Pierre Lévy universaliza o que fazia parte dos domínios da ficção científica, versatilizando o ciberespaço e o protagoniza com extraordinária amplitude, faz-me acreditar em seus conceitos e na busca sistemática dessa revolução que propõe uma sensação do real que se assemelha e pode ser definida como a virtualização. Levando-me a crer que na sua inerência a partir de uma configuração dinâmica de força, tropismo, ela não e a desrealização de uma realidade num conjunto dos possíveis, mas a mutação de identidade onde se encontra o centro gravitacional ontológico do objeto em sua atualidade. A consistência é tão verdadeira que redefinir é impossível, o me basta e precisamente favoreceu a este grande pensador toda a minha predileção atrelando-me a este presente evolutivo da pluralidade contextual de uma sincronia sobre uma base de afinidades como referencial previsível de encontrar a desterritorialização, a saída da “presença” do “agora” e do “isto” como uma das vias régia de virtualização.   
Numa demonstração cada forma de vida inventa seu mundo. Onde permite novos espaços, novas velocidades. Sem sair do ritmo dos diversos registros de transmissões oral, escrito, audiovisual e redes digitais, em se conectar com tamanha precisão, que ao mesmo tempo em que se interferem se respondem.
Pierre Lévy, com sua inteligibilidade deixa o leitor perplexo, pois metamorfoseia  as ideias num logismo analógico com um suporte tão eficaz que nos envolve adentrando nos processos de sua competência que provoca claramente noções ilustradas ao corpo contextual de suas reconstruções. Para a lente nessa difusa contemplação emocional nesse contingente biológico virtual vasto e pouco explorado em detrimento a economia e da sociedade a virtualização experimentada hoje e uma nova etapa de auto criação de projeção simétrica do mundo de imagens que evidencia a associação da tele-presença que transporta reviravoltas em nossos pensamentos. Mas que o autor em sua crença manipula diagnosticando com sua sapiência que aos olhares do leitor incita a verossimidade do real, intensificando o sentimento de transparência do autor nos seus discernimentos intuitivo que precede a resplandecência dos corpos com a  virtualização do texto e  o convite a leitura.
Analisemos essa paisagem semântica onde é detalhada uma intelectualidade imensurável, sem negligenciarmos do exposto contextualiza, graças a loquaz e as insígnias do autor com sua maneira de criar e recriar a escrita onde destaca e remete suas ideias de hipertexto informativo exteriorizando funções cognitivas alimentando o  correspondente contemporâneo numa escala superior, a co-presença da mensagem e de seu contexto vivo que caracteriza  a  comunicação oral, sob um dilúvio informacional da digitação ou da potencialização do  texto.
O autor estabelece uma interação continua, espécie de objetivação da exteriorização dos processos de leitura. Enfim, sentimos dominados ao incorporar a leitura do ciberespaço e seus dispositivos, pois me faz pensar, aqui e agora.  A virtualidade do texto alimenta minha inteligência em ato.
Com essas ideias o autor nos transporta e suscita aos ícones de novas invenções de novos sistemas de escritas a uma futura ideografia dinâmica. Como se saíssemos de uma certa pré – história e acabássemos de inventar uma nova escrita.

Obstinada procura



Obstinada procura


Cumprimento-te com acenos discretos e velados, não o escolhi, fui escolhida, e as coisas precisam ser ditas e reditas a esse fim, não o encontrei em meu presente, mas, o procuro não apenas na urgência necessária a minha busca, mas decoro o sangramento permanente e inexorável. Aliei-me ao meu mundo, no compasso nivelo-me, e no espaço leio todos os signos tão tangíveis e dizíveis que ao longe enxergo a necessidade do prumo, na ânsia borbulham os pensamentos em novas conotações. São as pseudoverdades que libertam meu intimo prazerosamente,  à distancia percebo os erros trilhados em vielas sombrias e nesse momento toco em minha solidão solidificada, observo as ações e sentimentos noturnos e a luz que clarifica  meus ideais ainda é muito fraca e soa só ½  das batidas ecoantes.
 Velejo nos saberes e raramente entendo-os, surgem mapas indecifráveis comungo o despreparo e ardem em chamas flamejantes meus anseios e quimeras. Ao tempo desperto, nasce nos pormenores o alvorecer e entre o sereno alimento o conhecimento nos raios do sol e bebo nos rios o liquido sagrado da vida, e, gota a gota a correnteza se encarrega da excêntrica vaidade. Pacientemente a atração pelos mistérios encobre meus sentidos com nuvens espessas e as brumas levam-me a beira do precipício, sinto o despreparo e recuo.
Desço no horizonte escaldante as escadas escorregadias e as suas dependências frias congelam-me a curiosidade, aguço as ferramentas nas mãos e esboço a vitória do poder aprender no acaso das leituras efêmeras e sua praticidade apresentado verticalmente, ledo engano ao olhar do principiante. A palavra nas escritas não é fácil, nos labirintos sinuosos os encontros aliviam a iniciação para alguns aspectos, em nenhum momento a sombra que se forma é tolerante e passiva, a consciência deforma e recria as falhas, incertezas e submissões, retalhando a procura no santuário do corpo. O Ser iniciou a decodificar as mensagens, intuitivamente absorvem-se as energias cósmicas circundantes na atmosfera fluindo ao encontro do inusitado, das descobertas, os véus da ignorância caem um a um convidando ao recolhimento do entendimento humano.  
Recolho em silencio, e a cada fase lunar espelho-me nas circunstâncias observadas, a leitura do pensamento ilumina os traçados simbólicos, dos olhos vendados que semiabertos ajoelha-se a tudo quanto existe.    
Morgana Rosa, 16/11/2013

Comportamento do ser em SER.



Possuímos partículas sedentas, exclusivas e absolutas. Somos dotados e regidos pela mente, emoção e pelo corpo físico, o equilíbrio corpóreo exige vigilância e máxima atenção, encontramos na força da natureza os elementos capazes de metamorfosear as veias que arquitetam a passagem sanguínea, orquestradamente, a cor vermelha do sangue vibra a aura curando as enfermidades do ser, iniciando a integração do corpo e cosmo. A transitoriedade ritualista dos pensamentos em sua essência contidos nos acontecimentos ilusórios e teatrais reflete o estigma da cegueira triangular da elevação nas subidas e descidas das caminhadas experiênciais, faz-se necessário esvaziar e remover as morfologias, entrando completamente nu nos vazios, poucos vêem como realmente precisamos morrer varias vezes deparando com o medo do desconhecido autoriza-se a permanecer no conforto do casulo-mundano.
Entretanto, a multiplicidade interior cria os impulsos, sentimentos, inquietudes e desejos deixando-nos vulneráveis e tolos, buscando nos achismos e dogmas religiosos respostas sem amplitude da expansão da consciência. A interpretação dos gestos, a sonoridade do soletramento das letras descortina e transformam o dilema em conhecimento alertando para o significado dos signos precisamente no tratado do ar-vento-fogo-terra, alimentadores da essência de aprimoramentos, os cinco sentidos objetivam intuitivamente escalar os degraus a passos curtos e certeiros assimilando o fio condutor dos fatos relacionados às variáveis do dia a dia.
O Ser movimenta-se egoisticamente e ocupa espaços, a vaidade ofusca-se pelo entendimento cristalino e altera as células do organismo, tão-somente isso fragmenta as inquietações e ansiedades mal definidas, absorvem-se os movimentos cíclicos das vontades, provocando harmonia e desavenças em incessantes transformações, veículos autênticos do corpo físico – espiritual, extraindo em síntese as características das vibrações dos gêneros, fortalecendo as ações, e respeitando os estados internos conscientivo e anímico, repercutindo externamente no mundo cósmico.

Texto:  Morgana Rosa
Em, 08/10/2013

O que pensamos, o que faremos e o que queremos?




Hoje escuto o sufocamento dos sujeitos ao meu redor, a cada ruído revelado assusta e desperta a consciência que aterroriza e modifica a leitura mundana, as reflexões simplificam a complexidade que envolve a energia dos ambientes, não se pode comparar nem se quer mensurar o obvio, estamos vivendo em um mesmo paradoxo. Eu, em minha profunda agonia não posso fazer de conta que nada existe, estou nessa nada como parte integrante e assustadoramente pensante, as reflexões choram as mazelas que a realidade apresenta, e o que nos resta?  Uma difícil e calamitosa jornada. Acordamos e dormimos quase sempre com o resultado de uma falsa felicidade, observo as imposições da sociedade o diferencial do Ter, do consumir e não resistir ao consumo exacerbado.
   Estamos navegando sem bússola, sem norte, às vezes as oportunidades aparecem para dignificarmos, mas o que implica é a falta de habilidades desenvolvidas, e o que nos resta?
Clarificam-se as estruturas sociais aporte para poucos sujeitos, grupos escolhidos e mantidos a distancia, a margem, sem sequer olhar a baixo, não aceitam a igualdade nem a democrática cultura. Há sim discursos forjados e inclinados a nos mostrar que os caminhos seguidos são de pedregulho e espinhos. E, continuamos esquecidos, bonecos infláveis a mercê dos detentores da informação. Impressa mente a cegueira e a surdez nos transformam  em  marionetes das injustiças sociais. 
Somos degolados e humanamente rasgados todos os dias. É a lei da sobrevivência. “O pouco com Deus é muito” as ilusões forjam comportamentos e a ignorância do quere Ser ultrapassa o limite da decência.